Trabalhando com P/B

E quando o trabalho precisa ser P/B?
Onde trabalho, minha maior responsabilidade é cuidar das ilustrações. Os materiais em grande parte, lembram aqueles livrinhos de atividade para crianças que são vendidos em banca e possuem muitas ilustrações pra colorir. O foco do material que trabalho não é exatamente esse, mas é preciso trabalhar com tudo em P/B.
Ai vem a parte dificil, como fazer um material bonito que seja somente traços e ainda por cima P/B?

Não diria que é dificil ou impossivel, chamaria isso de desafio, pois logicamente tem como deixar visualmente bonito um material apenas P/B.
Os livrinhos de atividades infantis, possuem cores apenas na capa, o conteúdo interno não deixa de ser bonito e atraente só porque não tem cores, pois o objetivo é a criança colorir da forma que ela deseja que fique, isso estimula a imaginação e porque não, trabalhar uma teoria de cores com os pequenos?

Para se produzir um material em P/B, acredito que as ilustrações devem chamar a atenção pelo seu traço, pelo assunto abordado e quando necessário, utilizar-se de tipografia adequada ao objetivo que o material deve atingir.

A criança descobre o mundo ao experimentar tudo que está ao seu alcance, com as cores também funcionam assim, ao usar seu lápis de cor, canetinha, tinta, a criança descobre e faz relação das cores que estão usando com os elementos físicos, é como tomar um suco de morango e no momento em que ela abrir um livro para colorir e se deparar com a fruta ela vai relacionar o suco que toma com a cor do lápis que vai usar, as crianças descobrem as cores pela experiência, misturando tintas, descobrindo novas cores.

Colorir é muito mais do que simplesmente escolher uma cor para aplicar ao desenho, isso pode também desenvolver a capacidade motora da criança no momento em que ela interage com os materiais que ela tem disponíveis  desde a escolha de uma cor, ao papel, apontar seus lápis, ou ter firmeza ao segurar esses materiais, exige uma coordenação básica, que envolve olhos e mãos.

O psicólogo Bamz, defende o fator idade versus preferência na manifestação de uma pessoa por determinada cor.

Vermelho de 01 a 10 anos- idade da espontaneidade e da efervescência;
Laranja de 10 a 20 anos- idade da aventura, excitação, imaginação;
Amarelo de 20 a 30 anos- idade da arrogância, força, potência;
Verde de 30 a 40 anos- idade da diminuição do fogo juvenil;
Azul de 40 a 50 anos- idade da inteligência e do pensamento;
Lilás de 50 a 60 anos- idade da lei, do juízo, do misticismo;
Roxo além dos 60 anos- idade da benevolência, do saber, da experiência.

Conclui que apesar das cores atrairem e serem de grande estimulo para a criança, trabalhar com um material P/B pode estimular muito mais uma criança do que se imagina, pois isso pode desenvolver o que elas mais gostam de fazer, colorir um desenho.

Para saber mais:
Teoria das cores pode ser aplicada as crianças

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